Vira e mexe menciono alguma música japonesa nessa newsletter, ou algum músico japonês, como fiz nas duas edições anteriores (links ao final do texto). Então, pensei comigo: nada mais justo do que criar uma playlist para a newsletter.
O nome da playlist não tem nenhuma elaboração: significa simplesmente “Kotoba (nome da newsletter) e música”. OU, considerando que kotoba significa palavra, daria para traduzir como palavra e música.
“Mas eu não entendo japonês…”
Para mim, buscar artistas japoneses é um movimento quase natural, mas talvez você não seja como eu, que já tem um pezinho na cultura japonesa e está estudando a língua. Mesmo assim, acho que você deveria dar uma chance à minha playlist.
Primeiro porque ela já está pronta, é só dar o play.
Segundo porque você pode ouvir do jeito que quiser:
Rodar no aleatório ou na sequência (pessoalmente, recomendo na sequência);
Ir passando até achar uma que te interessa mais;
Começar a ouvir agora (se já não está ouvindo) ou salvar para ouvir em outro momento;
Não ouvir nada e só apreciar meu esforço em montar a playlist.
Terceiro porque a letra não foi o que me levou a gostar de nenhuma dessas músicas. A verdade é que eu ainda não domino a língua tanto quanto eu gosto de fazer parecer. A primeira vez que ouço uma música em japonês, eu não entendo nada, apenas palavras soltas. São outros elementos que chamam minha atenção para uma música em japonês, inicialmente.
Processo de escolha
As primeiras músicas que coloquei na playlist foram aquelas que andei ouvindo recentemente. Juro que não ouço SÓ música japonesa, mas enquanto não consigo me organizar para estudar de um modo consistente, a música é uma forma que eu tenho de manter contato com a língua, porque não toma muito tempo e posso ouvir em diferentes momentos do dia. Assim, eu tenho ouvido MUITA música japonesa.
Uma vez selecionadas as melhores músicas das minhas playlists atuais, comecei a resgatar músicas que não ouço há um tempo, mas que me marcaram em algum momento da minha vida. Entre essas, vale mencionar as músicas de indigo la End, uma banda de rock indie que ouvi direto no ano passado. Foi um ano que eu precisava ouvir umas músicas mais suaves, e indigo la End cumpriu bem esse quesito.
Lembrei também de Asian Kung Fu Generation, muito conhecida pela segunda abertura de Naruto. Talvez seja a banda japonesa que ouço há mais tempo, mas não consegui pensar em uma música deles pra playlist. Ainda assim, fica aqui uma menção honrosa. O som deles me lembra Foo Fighters, ainda que seja uma vibe bem diferente.
Outra banda que me marcou foi RADWIMPS, em grande medida pela trilha sonora do filme Kimi no na wa (Your Name). Também não consegui pensar em uma música particularmente especial pra colocar, mas pra incluir outra cantora que gosto muito (e em quem tenho um leve crush), coloquei “Nakidashisodayo”, uma música que eles gravaram com a Aimyon.
Músicas de abertura e encerramento
As músicas da playlist não estão na sequência de adição. Fui reordenando as músicas em uma sequência que pareceu harmonizar bem para mim.
Duas músicas especialmente desafiadoras foram a primeira e a última, porque sinto que elas tem um papel central na playlist.
A música de abertura precisa capturar o ouvinte. Uma música sem graça diminui as chances da pessoa querer ouvir as próximas. Mudei várias vezes a música que iria ocupar essa posição, até chegar na escolha atual: “Naimono nedari”, da banda KANA-BOON (com participação da cantora Mossa), a música mais animada de toda a playlist.
Fiquei com receio dela parecer muito infantil, mas aí percebi que estava seguindo a lógica do João Vicente, que acha que adulto não pode gostar de coisas como boneco, “gibi” (se referindo a histórias em quadrinhos) e sabe-se lá o que mais ele acha infantil demais (se não viu esse babado e ficou curioso, Googla aí: “João Vicente gibi”).
Com a música de encerramento não me preocupei tanto, já que poucos devem chegar lá, mas achei que ela tinha que ter uma vibe mais emotiva. Escolhi “Chikyugi” do Kenshi Yonezu, tema do filme “O Menino e a Garça”, e achei que ela caiu perfeitamente como encerramento.
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Links desta edição
Edição sobre uma frase que ouvi da cantora Ado:
Jiai
Eu descobri a palavra jiai assistindo um minidoc no Youtube sobre a Ado, uma cantora japonesa que hitou em 2020 com a música “Ussewa”. No vídeo, onde ela relata brevemente sua trajetória, Ado revela que tal sucesso a deixou ao mesmo tempo espantada e contente, mas que nem por isso passou a sentir mais amor próprio (自愛 -
Edição sobre a dupla Creepy Nuts:
Shitteru No #1 - Quando dois campeões se unem
Dia de estreia na kotoba! A ideia é a seguinte: edições onde compartilho pequenas curiosidades, coisas que descobri recentemente e achei incrível. O título será shitteru no, uma forma informal de “você sabia?” em japonês, e foi decidido por duas razões: a primeira é porque soa legal, a segunda é porque se alinha com a premissa da newsletter de explorar …
Até a próxima!
Obaaaa! Playlist ✨gosto das muito das músicas japonesas que estão na trilha de lost in Translation, vou seguir a sua já!