Feliz Ano da Serpente de Madeira

Essa é edição é puro improviso.

Segundo a Wikipedia em inglês, na simbologia chinesa, a serpente é considerada inteligente, com uma tendência à falta de escrúpulos (a caracterização não favorece, mas convenhamos que é melhor do que escrupulosa, com uma tendência à falta de inteligência). Para além disso, fontes confiáveis dão conta de atributos como sabedoria, renovação, transformação, espiritualidade e longevidade.

Não sou um grande entusiasta do horóscopo chinês, mas eu nasci no ano da serpente, e tudo que posso usar de desculpa para escrever sobre mim mesmo, eu uso.

Coincidência ou não, este é o ano em que resolvi fazer uma mudança importante: sair da livraria onde trabalhei por 2 anos e meio. Hora da serpente trocar de pele.

Minha decisão tornou-se possível graças a uma série de causas e condições que não vem ao caso agora, e talvez não tenha nada a ver com ser o meu ano, mas aproveito a ocasião para tornar minha narrativa pessoal mais significativa.

Elementos

Nasci em 1989, ano da Serpente de Terra. Já 2025 é o ano da Serpente de Madeira. Um simbolismo interessante em ambos os casos. O Elemento Terra como aquele que me nutriu, e a Madeira representando algo robusto, responsável por sustentar folhas, flores e frutos. 2025 vem como um convite a nutrir a madeira, desenvolver um eixo firme e resistente.

A que vim para este mundo? é uma pergunta que tem surgido no meu fluxo mental. Não sou uma pessoa que acredita em missão de vida, acredito que antes de vir ao mundo com esse corpo eu devia estar bem perdido, até que achei uma oportunidade de nascer, com sorte, como um ser humano. A pergunta vem mais como uma reflexão sobre o que fazer com o que tenho agora, inspirada pelos 4 pensamentos que transformam a mente.

Trecho de Jetsunma Tenzin Palmo listando os quatro pensamentos no livro O Coração Heróico.

Abandonar a pele, seguir em frente

Penso no comportamento de troca de pele das cobras. Elas simplesmente deixam a pele antiga para trás. Tenho visto, por exemplo, esse movimento para sair das redes sociais regidas por bilionários, esses sim, inescrupulosos. Não é um movimento que tenho intenção em fazer definitivamente, mas aspiro poder abandonar o Instagram como uma pele que já não tem mais nenhuma utilidade. X felizmente já abandonei quando ainda era Twitter, mas já bastante tóxico.

Também tenho alguns (muitos, infinitos) hábitos que já não me servem mais que aspiro deixar para trás. E hábitos que quero cultivar no lugar.

Enfim, começa um novo ano. O ano da Serpente de Madeira. Que possamos ver a mudança, mesmo que ela signifique o fim de algumas coisas, como uma constante oportunidade de seguir em frente.

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